A pecuária brasileira é responsável pela produção de 13,8% de toda carne bovina consumida no mundo e de 18,7% das exportações, ocupando a segunda e a primeira posição, respectivamente, no ranking mundial (ABIEC, 2024). Essa atividade representa cerca de 8,2% do PIB brasileiro. Ainda segundo dados da ABIEC (2024), a maior parte do abate de bovinos no Brasil é proveniente de sistemas de produção a pasto (83,4%). Nesses sistemas a taxa de ocupação é de 1,22 cab/ha com uma lotação média de 0,93 UA/ha.
Ao comparar os números da produção brasileira em relação a outros países como EUA, China e Argentina que possuem rebanhos bem menores que o Brasil, mas com alta expressividade na produção mundial, observa-se o potencial existente nesse segmento de produção.
Ao longo dos últimos 30 anos, houve um aumento de 172% na produtividade, ao mesmo tempo em que ocorreu uma diminuição de 16% na área de pastagens (Figura 01). Isso só foi possível devido a adoção de tecnologias na pecuária, como práticas de manejo e recuperação de pastagens, integração lavoura-pecuária-floresta, melhoramento genético, práticas de bem-estar e saúde animal, bem como suplementação nutricional adequada.
Figura 01. Evolução da área de pastagem e produtividade da pecuária no Brasil
Fonte: ABIEC – 20024 (Athenagro, IBGE, INPE, Lapig, Rally da Pecuária e Embrapa)
A suplementação nutricional representa uma das estratégias de impacto direto sobre o desempenho animal em sistemas de produção a pasto. No entanto, a efetividade ou o resultado desse manejo nutricional é dependente de diversos fatores como quantidade e qualidade de pasto e da água de bebida, distância entre cocho e bebedouro, disponibilidade de cocho, fatores ambientais como temperatura e umidade que interferem na termorregulação e fatores inerentes ao animal como raça, sexo, peso vivo e estado fisiológico.
De modo geral, as exigências nutricionais são maiores para animais mais pesados. No entanto, por exemplo, novilhas e garrotes, de mesma idade e raça, podem ter exigências nutricionais diferentes em função das diferenças nas curvas de crescimento. Outros exemplos claros na mudança das exigências nutricionais ocorrem entre novilhas primíparas e vacas multíparas e entre vacas em lactação e não lactantes. Nesse sentido, utilizar suplementos específicos para cada categoria é fundamental para alcançar com menor custo os objetivos.
No Figura 02 há um exemplo das diferenças nas exigências nutricionais para machos e fêmeas de bovinos da raça Nelore mantidos em sistema de produção a pasto com o mesmo manejo alimentar e desempenho animal.
Figura 02. Estimativa de exigências nutricionais para bovinos da raça Nelore estimados no sistema BR-Corte 5.0
Pelos dados disponíveis na Figura 02, observamos, por exemplo, que a exigência de PB de fêmea não gestante para machos é 9% menor, considerando o mesmo peso vivo inicial e final e o ganho de peso médio diário. Já quando fazemos a análise dentro da mesma categoria, mas com estados fisiológicos diferentes, a exigência de PB aumenta em 64 e 97,7% para fêmeas lactantes e gestantes/lactantes, respectivamente, em relação a fêmeas não gestantes. Essa variação, mas com intensidades diferentes ocorre também para outros nutrientes.
Com a melhoria nos processos tecnológicos inclusive nos ambientes fabris, as formulações específicas sejam por solicitação de gestores de fazendas, consultores ou pela indústria de fabricação de suplementos, tem ganhado destaque no cenário nacional. Empresas com atendimentos regionais conseguem elaborar e produzir suplementos nutricionais específicos para os diferentes sistemas de produção da região em que atuam. Isso pode ser considerado uma ferramenta muito proveitosa para melhorar os índices de produção em uma fazenda e reduzir os custos de produção.
A NutriBio preocupada em fornecer aos clientes produtos personalizados, conta com uma fábrica própria para a produção de premix (pré-mistura de microingredientes e aditivos) elaborando produtos específicos para os mais diversos sistemas de produção. Além disso, a empresa possibilita a parceria com consultores ou gestores de fazendas para a elaborar produtos específicos de acordo com a necessidade.
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Referências Bibliográficas
ABIEC, 2024. Brazilian Beef Report 2024. 106 pg.
BR-CORTE, 2020. Tabelas Brasileiras de Exigências Nutricionais de Zebuínos Puros e Cruzados. Software.
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