Impulsionado pelo surto de peste suína africana (PSA) que dizimou aproximadamente 40% do rebanho suíno chinês (2018/2019) e a pandemia da covid-19 (2020/2021), por dois motivos, a China tornou-se um mercado estratégico para o Brasil: grande demanda por proteína animal e valorização crescente do dólar frente ao real. Para atender tal demanda a indústria de proteína animal criou um sistema de bonificação denominado “boi China”, termo utilizado para padronizar bovinos de corte criados no Brasil com menos de 30 meses e até quatro dentes.
A demanda por este tipo de animal “revolucionou” a pecuária brasileira, acelerando a recria e a terminação, alterando assim o perfil de abate dos animais e atraindo atenção de compradores de carne bovina em todo o mundo. Mesmo diante deste cenário é possível encontrar sistemas que utilizem pastagem, água e mistura mineral como uma dieta completa aos animais, mesmo no período chamado de entressafra ou seca. Mas como manter a produtividade mesmo durante o período seco, onde as áreas de pastagens apresentam redução na oferta de alimento e perda de valor nutricional? A suplementação proteico energética neste período tornou-se ferramenta importante para potencializar o desempenho animal.
Muito além do investimento necessário para esta estratégia, a disponibilidade de forragem e a infraestrutura disponível formam uma aliança determinante para a obtenção dos resultados projetados. É importante sempre salientar que a suplementação proteico energética para bovinos em pastejo é um complemento da dieta, podendo o produtor optar pelos níveis de suplementação que vão de 0,1 a quase 2% do peso vivo (PV). A partir de 0,5% PV inicia-se um processo de substituição do pasto pelo suplemento, poupando-o e sendo possível manter mais animais na mesma área. Para ilustrar os diferentes níveis de suplementação de animais em pasto será utilizada uma situação hipotética: um animal com peso vivo de 300 kg consumindo diariamente 2% PV (Tabela 1).
Tabela 1. Níveis de suplementação de animais em pasto (300 kg PV) consumindo 2% PV.
Nível de suplementação | Consumo de suplemento (kg) | Consumo de pasto (kg) |
0,1% PV | 0,3 | 5,7 |
0,5% PV | 1,5 | 4,5 |
1% PV | 3 | 3 |
1,5% PV | 4,5 | 1,5 |
É possível verificar que quanto maior o consumo de suplemento menor é o consumo da pastagem, dando um leque de possibilidades ao produtor na escolha de qual nível de suplementação adotar. É possível verificar situações em que não se tem mais a oferta de forragem e seja necessário realizar o “sequestro” dos animais. Nestes casos, dependendo dos objetivos, são utilizadas dietas totais ou suplementação proteica de baixa consumo.
Entretanto, é normal surgirem dúvidas de qual nível de suplementação adotar na propriedade, que vão desde o fornecimento de um alimento proteico energético de baixo consumo até a dieta total. Neste momento a calculadora se torna uma aliada do produtor para a tomada de decisão. O cálculo do custo diário total (alimentação + operacional), o custo total (custo diário x dias de suplementação) e o custo da arroba produzida (custo total / @ produzida) auxiliarão o produtor na escolha das opções de suplementação.
Um exemplo prático destes cálculos pode ser exemplificado a partir dos valores hipotéticos de custos e desempenho projetados (Tabela 2).
Tabela 2. Demonstração do cálculo do custo diário total, custo total e da arroba produzida
Desempenho | |
Peso inicial | 250 kg |
Peso final | 310 kg |
Período de suplementação | 120 dias |
Ganho de peso total | 60 kg (2 @) |
Ganho médio diário | 0,500 kg |
Financeiro | |
Custo diário total | R$ 2,90 |
Custo total | R$ 348,00 |
Custo da @ produzida | R$ 174,00 |
Com base nas projeções de desempenho e custo de arroba produzida de cada propriedade será possível definir o nível de suplementação adotado e consequentemente o montante a ser investido na alimentação destes animais. Muitas vezes mesmo que seja realizado um planejamento prévio, as condições climáticas ou mercadológicas podem interferir na estratégia adotada, modificando o planejamento frente a indisponibilidade de pasto. Para estes casos a NutriBio Nutrição Animal apresenta uma linha completa de soluções, que vão desde a entrega do produto acabado, núcleos até o suporte técnico necessário para a operação.
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